A Bela Adormecida
Baseado na história de Charles Perrault sobre
 uma princesa recém-nascida que é amaldiçoada pela fada Carabosse a 
furar o dedo e morrer, A Bela Adormecida é visto como o auge da dança clássica e a 
grande realização da carreira de Petipa. 
Com música inspiradora, riqueza coreográfica e produção luxuosa, A Bela Adormecida definiu o ballet como uma importante arte e inspirou muitos coreógrafos de seus dias e foi reconhecido como sendo “de todas as artes” por Alexander Benois, porque todos os elementos do ballet em sua estréia atuaram com igual peso.
Por volta de 1888, a audiência estava deixando de ir ao teatro e o diretor dos teatros imperiais Ivan Alexandrovitch Vsevolozhsky, escolhido pelo czar, sugeriu a Petipa que montasse A Bela Adormecida como forma de reavivar o interesse do público (e também como forma de dar uma última chance ao mestre de ballet, uma vez que estava quase o dispensando), o que não agradou muito a Petipa no começo, já que não gostava da idéia de alguém lhe dizendo o que deveria montar.
O grande diferencial em Vsevolozhsky foi que ele fez com que todos os artistas envolvidos no projeto soubessem o que os outros estavam fazendo, pois naquela época, quando havia a produção de uma peça, cada artista trabalhava separadamente. No caso de A Bela adormecida, Vsevolozhsky desenhou as roupas e escreveu o libreto, enviando-o a Tchaikovsky e também escrevendo a ele sobre a concepção que tinha do que deveria ser: uma obra para reviver os ballets dos tempos da corte de Louis XIV, idéia que muito entusiasmou ao compositor.
No entanto, pela má experiência com Julius Reisinger em O Lago dos Cisnes, Tchaikosvky se reuniu com Petipa várias vezes para que o coreógrafo lhe desse instruções sobre que tipo de música que queria para o ballet, instruções que Tchaikovsky seguiu acrescentando sua criatividade, concluindo sua tarefa rapidamente. Ele estava realmente empolgado com o tema e as idéias sobre o ballet, o que fez com que entre outubro de 1888 e maio de 1889 tenha trabalhado o ballet inteiro num total de 40 dias. Tanta empolgação e talento foram recompensados com o reconhecimento da música (ele ganhou 3000 rublos de contrato e mais 2000 de bônus pela música ser tão boa), que serve como verdadeiro ponto de coesão para o ballet, já que este é composto de muitos divertissements no meio da história.
Os ensaios começaram em agosto de 1889, durante os quais Petipa pediu alterações na partitura à medida que ia desenhando a coreografia e a encenação.
Em 15 de janeiro de 1890 A Bela Adormecida estreou no Teatro Maryinski com a bailarina Carlotta Brianza como Aurora, que encantou o público pela sua excelente técnica e seu brilho no palco. Apesar de ser um sucesso com público, A Bela Adormecida não foi uma unanimidade entre os críticos, pois alguns reclamaram que a produção havia sido demasiado luxuosa e que a música de Tchaikovsky era muito séria. Além disso Tchaikovsky ficou decepcionado com o comentário do czar que avaliou sua música como apenas “muito boa”, pois o compositor reconheceu na música de A Bela Adormecida um dos seus melhores trabalhos.
Apesar das controvérsias, no entanto, o ballet se tornou rapidamente popular, tendo sido apresentado 50 vezes entre sua estréia e o final de 1892.
Atualmente o ballet não é encenado com todos os divertissiments criados para ele, uma vez que tornam a produção muito longa e também a montagem não é tão dispendiosa como nos dias de sua estréia, uma vez que muitas companhias não podem suportar tais gastos. Comumente é encenada uma peça condensada do ballet chamada As Bodas de Aurora.
Com música inspiradora, riqueza coreográfica e produção luxuosa, A Bela Adormecida definiu o ballet como uma importante arte e inspirou muitos coreógrafos de seus dias e foi reconhecido como sendo “de todas as artes” por Alexander Benois, porque todos os elementos do ballet em sua estréia atuaram com igual peso.
Por volta de 1888, a audiência estava deixando de ir ao teatro e o diretor dos teatros imperiais Ivan Alexandrovitch Vsevolozhsky, escolhido pelo czar, sugeriu a Petipa que montasse A Bela Adormecida como forma de reavivar o interesse do público (e também como forma de dar uma última chance ao mestre de ballet, uma vez que estava quase o dispensando), o que não agradou muito a Petipa no começo, já que não gostava da idéia de alguém lhe dizendo o que deveria montar.
O grande diferencial em Vsevolozhsky foi que ele fez com que todos os artistas envolvidos no projeto soubessem o que os outros estavam fazendo, pois naquela época, quando havia a produção de uma peça, cada artista trabalhava separadamente. No caso de A Bela adormecida, Vsevolozhsky desenhou as roupas e escreveu o libreto, enviando-o a Tchaikovsky e também escrevendo a ele sobre a concepção que tinha do que deveria ser: uma obra para reviver os ballets dos tempos da corte de Louis XIV, idéia que muito entusiasmou ao compositor.
No entanto, pela má experiência com Julius Reisinger em O Lago dos Cisnes, Tchaikosvky se reuniu com Petipa várias vezes para que o coreógrafo lhe desse instruções sobre que tipo de música que queria para o ballet, instruções que Tchaikovsky seguiu acrescentando sua criatividade, concluindo sua tarefa rapidamente. Ele estava realmente empolgado com o tema e as idéias sobre o ballet, o que fez com que entre outubro de 1888 e maio de 1889 tenha trabalhado o ballet inteiro num total de 40 dias. Tanta empolgação e talento foram recompensados com o reconhecimento da música (ele ganhou 3000 rublos de contrato e mais 2000 de bônus pela música ser tão boa), que serve como verdadeiro ponto de coesão para o ballet, já que este é composto de muitos divertissements no meio da história.
Os ensaios começaram em agosto de 1889, durante os quais Petipa pediu alterações na partitura à medida que ia desenhando a coreografia e a encenação.
Em 15 de janeiro de 1890 A Bela Adormecida estreou no Teatro Maryinski com a bailarina Carlotta Brianza como Aurora, que encantou o público pela sua excelente técnica e seu brilho no palco. Apesar de ser um sucesso com público, A Bela Adormecida não foi uma unanimidade entre os críticos, pois alguns reclamaram que a produção havia sido demasiado luxuosa e que a música de Tchaikovsky era muito séria. Além disso Tchaikovsky ficou decepcionado com o comentário do czar que avaliou sua música como apenas “muito boa”, pois o compositor reconheceu na música de A Bela Adormecida um dos seus melhores trabalhos.
Apesar das controvérsias, no entanto, o ballet se tornou rapidamente popular, tendo sido apresentado 50 vezes entre sua estréia e o final de 1892.
Atualmente o ballet não é encenado com todos os divertissiments criados para ele, uma vez que tornam a produção muito longa e também a montagem não é tão dispendiosa como nos dias de sua estréia, uma vez que muitas companhias não podem suportar tais gastos. Comumente é encenada uma peça condensada do ballet chamada As Bodas de Aurora.
Curiosidades: 
A versão de Tchaikovsky/Petipa não foi a primeira ser dada para o conto de fadas.
Enrico Cecchetti participou do ballet, tendo sido a primeira Carabosse e o primeiro pássaro azul.
A variação da fada Violante (a fada dos dedos) incorporou movimentos que lembravam descargas de energia para representar a natureza da eletricidade, novidade na época.
A Bela Adormecida foi o primeiro ballet assistido por Anna Pavlova e que a fez querer ser bailarina.
A aparição de Apolo no final do ballet é uma homenagem á Louis XIV.
Enrico Cecchetti participou do ballet, tendo sido a primeira Carabosse e o primeiro pássaro azul.
A variação da fada Violante (a fada dos dedos) incorporou movimentos que lembravam descargas de energia para representar a natureza da eletricidade, novidade na época.
A Bela Adormecida foi o primeiro ballet assistido por Anna Pavlova e que a fez querer ser bailarina.
A aparição de Apolo no final do ballet é uma homenagem á Louis XIV.
Libreto: Marius Petipa e Alexandrovitch Ivan Vsevolozhsky
Música: Pyotr Ilyich Tchaikovsky
Coreografia: Marius Petipa 
Prólogo: No salão do palácio Cattalabutte, o 
mestre de cerimônias recebe os convidados para o batizado da 
recém-nascida princesa Aurora e os dirige a seus respectivos lugares, os
 pais da criança fazem sua entrada e são reverenciados. As fadas do 
reino chegam e começam a oferecer seus presentes à princesa, porém antes
 que a fada mais poderosa na festa, a Fada dos Lilases, ofereça seu 
presente, um trovão é ouvido e os soldados entram aterrorizados 
anunciando a chegada de Carabosse, a fada mais poderosa de todo o reino.
 Consultando a lista de convidados, o rei Florestan XIV descobre que a 
fada não foi convidada por Cattalabutte, que acreditava que, de tão 
velha, Carabosse já estava morta. Ela faz sua entrada numa carruagem 
carregada por ratos  e ataca Cattalabutte, arrancando seu cabelo e dando
 aos ratos. Furiosa, ela lança uma maldição sobre a menina: ela crescerá
 linda e encantadora, mas um dia espetará seu dedo e morrerá. A rainha 
implora pela vida de sua filha, mas Carabosse se prepara para ir-se 
quando é interrompida pela Fada dos Lilases, que diz que a menina não 
morrerá, mas dormirá profundamente durante muito tempo até ser 
despertada pelo beijo de um homem nobre que a ame.
Carabosse, revoltada apela para as outras fadas e não recebendo ajuda vai embora. Os pais da menina e toda a corte prometem protegê-la.
Carabosse, revoltada apela para as outras fadas e não recebendo ajuda vai embora. Os pais da menina e toda a corte prometem protegê-la.
Ato I: Vinte anos depois, nos jardins do palácio, 
todos os preparativos para a festa de aniversário de Aurora são feitos 
quando um bando de mulheres, portanto objetos afiados, é descoberto por 
Cattalabutte, que tenta mandá-las embora antes que o rei as veja. O rei 
vendo os objetos que foram proibidos condena as mulheres, mas quatro 
príncipes intercedem por elas. A tensão se esvai e uma valsa com 
guirlandas é dançada pelos camponeses. A princesa chega e é cortejada 
pelos quatro príncipes. No entanto, no decorrer da festa uma pessoa 
vestida de preto presenteia Aurora com agulhas, que nunca tendo visto 
tais objetos começa a brincar com elas e espeta o dedo. A princesa cai 
desmaiada e a pessoa se revela ser Carabosse, que numa gargalhada, 
desaparece triunfante. A Fada dos Lilases aparece e garante que a 
princesa não está morta e que a levem para seus aposentos. Após isso, a 
fada faz com que todos no reino durmam e que uma densa vegetação o 
cubra.
Ato II: 
Cena I: Cem anos depois durante uma caçada, o 
príncipe Desiré está melancólico e pede a seu acompanhantes que o deixem
 só. Então tem uma visão da princesa Aurora enviada pela Fada dos 
Lilases. Encantado com sua beleza, pergunta quem é ela e a fada, com sua
 magia, torna a imagem de  Aurora tão real como se ela realmente 
estivesse na floresta, o príncipe dança com ela, então a visão se 
desvanece. Desiré implora à fada que o leve até a princesa e ela o 
convida a entrar no barco que os levará até Aurora. Ao chegar ás portas 
do castelo, o príncipe luta contra Carabosse e , vencendo a luta, 
desperta a princesa Aurora com um beijo.
Panorama: O bote desliza sobre o rio enquanto a Fada dos Lilases explica ao príncipe o que aconteceu.
Cena II: Desiré e fada chegam aos jardins do 
palácio onde todos ainda estão dormindo, entram no quarto de Aurora e o 
príncipe pergunta o que deve fazer. Ao ser pedido para pensar, Desiré 
avança em direção à cama e deposita um beijo na testa de Aurora. Todos 
acordam enquanto a poeira e as teias de aranha somem. Desiré pede a mão 
de Aurora ao rei Florestan XIV, que é concedida.
Ato III: O castelo é preparado para o casamento da
 princesa Aurora e do príncipe Desiré. À celebração comparecem as fadas 
(até mesmo Carabosse) e vários personagens de contos de fadas como gato 
de botas, pássaro azul e Cinderela.
Finalmente, Aurora e Desiré se casam e recebem a bênção da fada dos lilases.
Apoteose: Apolo preside uma reunião entra as fadas
Observação: Em algumas versões, o nome do príncipe foi mudado para Florimund.
Fontes:
Le Monde du Ballet 
BalletAlert
BalletMet
BalletMet

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