Tchaikovsky Pas-de-Deux na Virada Cultural

A Virada Cultural de São Paulo traz, às 17h do dia 16/5, uma surpresa no palco da Estação da Luz: pela primeira vez em parceria com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), a Companhia de Dança de São Paulo traz um casal de bailarinos que apresentará o ‘Tchaikovsky Pas-de-Deux’, de George Balanchine.

Realizada primeiramente pelo New York City Ballet, em março de 1960, a coreografia de Balanchine, de oito minutos, mescla técnicas clássicas e também neoclássicas, homenageando o balé romântico. Dificuldades quanto ao eixo vertical, a velocidade, o domínio do equilíbrio e também os grandes saltos são algumas das características desta coreografia.

A música e a coreografia são lindíssimas, eu já ensaiei esse pas-de-deux e não pude dançar, porque simplesmente quem quisesse tinha que pedir autorização para a Fundação Balanchine. Mas tem muito mais história na história desse pas-de-deux difícil pra caramba, mas que dá gosto de dançar.

Tudo começou com a montagem original do Lago do Cisne. Sim, o grande clássico de todos os tempos. Tchaikovsky já havia composto um pequeno ballet chamado The Lake of the Swans para ser encenado por sua família e o famoso tema dos cisnes foi tirado dessa pequena pantomima. Então foi chamado para compor a música de um novo ballet para o Teatro Imperial Bolshoi de Moscou e a primeira montagem teve coreografia de Julius Reisinger.

Sabe-se que os ensaios foram difíceis, uma vez que Reisinger achava a música de Tchaikovsky inadequada para o ballet. O compositor passou ainda dissabores com a primeira-bailarina Anna Sobeshchanskaya, que não gostava de sua música, assim como da coreografia de Reisinger e foi procurar com Petipa um novo pas-de-deux com música de Leon Minkus (naquela época era comum que bailarinas buscassem peças adicionais para alimentar seu ego). Tchaikovsky não aceitou, já que não permitiria música de outra pessoa em seu ballet, e concordou em fazer um novo pas-de-deux, com música baseada na de Minkus, já que Sobeshchanskaya não queria ter que viajar de novo até Petipa para que ele coreografasse novamente.

A música que ficou de fora da montagem original recebeu coreografia de Balanchine e hoje é conhecida como Tchaikovsky pas-de-deux.

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É difícil achar vídeos do ballet, mas se alguém quiser ver a versão mais linda do mundo, deve procurar com a bailarina Darcey Bussel.
Não menos bonito é o de cima, com Adiarys Almeida & Angel Corella.

A dança na Virada Cultural:

Estação da Luz: Orquestra
17h00 - Tchaikovsky Pas de Deux – São Paulo Cia de Dança e Osesp

Estação da Luz: Palco da Dança

19h30 - Abertura do Palco da Dança – Homenagem a Roseli Rodrigues / Raça Cia de Dança de São Paulo

19h50 - Tango Sob Dois Olhares – Raça Cia. de Dança de São Paulo

21h00 - Diários de Viagem – Omstrab

23h30 - Gnawa – São Paulo Cia de Dança

01h10 - Baseado em Fatos Reais – Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira Cia de Dança

02h20 - Diálogo – Jean Abreu e Guga Stroeter

03h00 - Embodied Voodoo Game – Cena 11 Cia. de Dança

05h00 - She´s Lost Control – Cia. Vitrola Quântica

06h15 - Corpo de Passagem – Grua

08h30 - O Sonho – Corpo de Baile Jovem da Escola Municipal de Bailado

09h00 - Yin – Stacattospciadança

11h30 - Nordeste, a Dança do Brasil – Balé Popular do Recife e Antúlio Madureira

14h30 - Kathak Teen Taal – Kanchan Maradan

15h15 - Danses Concertantes, Sabiá e Forrolins – Cisne Negro

17h10 - Kathak Dhamaar – Kanchan Maradan

18h00 - Canela Fina – Balé da Cidade de São Paulo


Veja mais aqui.

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