Paquita
Esse ballet em dois atos conta a história de
Paquita, criada por ciganos, que salva a vida do filho de um general
francês, Lucien. Sua estréia foi em 1 de Abril de 1846, na Academia Real
de Música de Paris, com libreto de Joseph Mazilier e Pierre Foucher e
coreografia de Joseph Mazilier, com música de Edouard Marie Ernest
Deldevez. No ano seguinte, Petipa o produziu como
seu trabalho de estréia para o Ballet Imperial e, em 1881, pediu a
Minkus, que adicionasse música para um Pas de Trois (coda), que foi levado para Ato I e uma mazurka para crianças e um Grand Pas, ambos a serem acrescentados ao final do ballet, daí o porquê de muitas músicas lembrarem Don Quixote. É por essas peças que o ballet é mais conhecido. Com Carlotta Grisi no papel-título e Lucien Petipa como Lucien. Foi fruto dos gostos exóticos do ballet
romântico que prezavam tons de outras culturas. A história se passa na
Espanha, durante o período em que o país enfrentava a invasão
napoleônica, e conta a história de Paquita, uma moça que foi raptada na
infância por ciganos, que mataram seus pais e a criaram. Ela conhece
Lucien d’Hervilly, filho de um general francês, que logo se apaixona por
ela. Lucien, porém, está comprometido com Serafina, filha de um
governador espanhol, D. Lopez de Mendonza. Um compromisso feito por
razões políticas e que não empolga a nenhum dos dois envolvidos e
enfurece Mendonza, que não deseja ver sua filha casada com um francês.
No começo, Paquita não aceita as investidas de Lucien, por ser de um
nível social inferior ao do rapaz. O casal também tem que lidar com
Inigo, um cigano apaixonado por Paquita e que trama com governador para
matar Lucien. O nobre é levado à casa de Inigo para ser assassinado, mas
Paquita o alerta, frustrando os planos do cigano. O clímax surge quando
os apaixonados descobrem que Paquita é nobre, prima de Lucien e os dois
podem se casar. A coreografia por Mazilier foi criada para explorar as
grandes habilidades de Carlotta Grisi, que já havia encantado platéias
com sua Giselle cinco anos antes da estréia de Paquita. De Giselle
também veio o intérprete de Lucien, o bailarino Lucien Petipa, que havia
sido o Albretch de Carlotta. O divertissement final acrescentado por Petipa é uma mostra do mais puro classicismo, com brilhantes passagens de virtuosismo. Como o ballet
logo desapareceu dos palcos de Paris na segunda metade do século XIX,
mas na Rússia continuou a ser encenado até os anos XX, a coreografia de
Mazilier se perdeu e o ballet passou a ser conhecido pelo Grand Pas de Petipa. Na Rússia o então diretor do Kirov, Oleg Vinagrodov, transformou o Pas de Trois e o Grand Pas em um divertissement, em 1978. Antes disso, o ballet
havia recebido versões de Danilova, Balanchine e Nureyev. Sua versão,
no entanto, utiliza a história de uma maneira ligeira, como um mero
pretexto para as danças. Inclusive variações virtuosas para homens, que
no original eram feitas por mulheres en travesti. Em 2001, Pierre Lacotte recriou o ballet
em sua pantomima original. Essa versão utiliza bastante mímica para
contar a história e resgata se não a coreografia de Mazilier, o estilo
de dançar do século XIX.
Ato I, cena I: O grupo de um nobre, Lucien, para em um acampamento cigano para descansar. Lá, ele conhece Paquita e logo se apaixona por ela. A moça, no entanto é alvo das atenções de Inigo, o chefe dos ciganos e começa a tramar contra a vida do rapaz e o convida para jantar. Lucien, por sua vez, já está comprometido.
Ato I, cena II: Mostra a casa de Inigo e Paquita. Inigo e o governador conspiram para matar Lucien. O plano consiste em drogar Lucien durante um jantar para poder esfaqueá-lo. No entanto, Paquita ouve a conversa e avisa a Lucien e os dois fogem da casa. Essa cena é feita de mímica na maior parte.
Ato II: Enquanto acontecem os preparativos para o casamento entre Lucien e Serafina, ele chega com Paquita e pede que ela se case com ele. Ela não quer aceitar por ser cigana, mas ela percebe um retrato igual ao que ela leva em um camafeu, descobrindo que além de nobre, é prima de Lucien. Dessa forma, eles podem casar. É nesse ato que podemos ver o famoso Grand Pas Classique.
Fonte: Le Monde du Ballet
Ato I, cena I: O grupo de um nobre, Lucien, para em um acampamento cigano para descansar. Lá, ele conhece Paquita e logo se apaixona por ela. A moça, no entanto é alvo das atenções de Inigo, o chefe dos ciganos e começa a tramar contra a vida do rapaz e o convida para jantar. Lucien, por sua vez, já está comprometido.
Ato I, cena II: Mostra a casa de Inigo e Paquita. Inigo e o governador conspiram para matar Lucien. O plano consiste em drogar Lucien durante um jantar para poder esfaqueá-lo. No entanto, Paquita ouve a conversa e avisa a Lucien e os dois fogem da casa. Essa cena é feita de mímica na maior parte.
Ato II: Enquanto acontecem os preparativos para o casamento entre Lucien e Serafina, ele chega com Paquita e pede que ela se case com ele. Ela não quer aceitar por ser cigana, mas ela percebe um retrato igual ao que ela leva em um camafeu, descobrindo que além de nobre, é prima de Lucien. Dessa forma, eles podem casar. É nesse ato que podemos ver o famoso Grand Pas Classique.
Fonte: Le Monde du Ballet
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